quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ao meu pai

Lembro-me de suas mãos a me passar carinho
De sua voz terna e suave que jamais se alterava
De seu olhar doce , mas que mesmo doce me corrigia
Nunca levei um tapa sequer ( aqueles para se corrigir )
Ele me repreendia com os olhos
Jamais ouvi ele discutir com ninguém , pelo contrário ouvia tudo sempre calado
Ás vezes dava raiva de vê-lo assim , tão submisso ás criticas alheias ,
Mas mal sabia eu , que esse seria seu grande exemplo ;
Me acostumei a vê-lo acordar bem cedo e ir ao trabalho , todos os dias
Mesmo quando seu corpo já cansado lhe pedia para parar...
Quis por tantas vezes ajudar em despesas em casa , pensando num trabalho
Mas ouvia sempre dele um NÃO ! Um não que pensava no futuro ,queria que eu apenas estudasse...
Os anos passaram e nossos caminhos se desencontraram e a distância se fez!
Mas tive a felicidade de mais uma vez em meu convívio...
Restava um restinho de missão ainda a cumprir e assim foi...
Menos de trinta dias se passaram e sua vida em outro plano foi dar continuidade;
Saudades sempre vou sentir ,mas meu coração tranquilo ora e minha consciência dorme e repousa tranquila no dever cumprido;
Sempre em quanto eu viver sentirei sua falta , isso nunca vai passar
Mas com saudades sempre , porém nunca com tristeza.


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