sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cordel do amor sem fim



Nasce o dia no meio do sertão
Lá vem o sol queimar o chão
Lá não nascem flores
A não ser as do xiquexique
Leite só o do Aveloz
Só a caatinga, mata branca, nada mais nasce não
Mas no meio dessa seca
No meio de tanta desolação
Também vive um amor
Tão bonito quanto uma flor de mandacaru
Doce que nem rapadura
Gostoso que nem caruru
E esse amor floresce no meio do torrão
Feliz ele vive
E vive a sorrir
E vive a cantar
Canção de amor, canção de ninar
Um amor tão forte, tal como o calor do meio dia
Resistindo a tudo e a todos
E quem diria
Para sempre ele vai viver
Nunca vai morrer
Renasce a cada nascer do dia...


Letícia Pessôa

2 comentários:

  1. Uma poesia diversificada a tua, Letícia. Creio que mesmo sem ter vivido em áreas tão áridas como a que descreve você conseguiu criar um ambiente e nele uma simples, porém cativante estória romântica...quase que uma revistinha em quadrinhos, daquelas em que eu tanto tinha prazer em ler.

    Parabéns!

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  2. Viver propriamente dito não , mas tenho sertão no coração pelo sangue nordestino que corre em minhas veias , sempre morei na capital Recife...obrigada e bjus

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