quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amado sertão


Maldita seca que racha o chão de meu querido sertão
Que afasta seus filhos
Dor tão doida de deixar a terra natal
Terra tão querida 
Ao mesmo tempo tão árida
Árida como os rostos que vejo nas janelas
A olhar o céu...
Procurando um rastro de chuva
Mas apenas o sol brilha vermelho no horizonte
Aquele céu azul, sem nuvens, nada de chuva!
Canta ao longe a Acauã...
A ema também deixa seu cantar
Cantos secos
O sertanejo a chorar
Terra amada sente tanto
Queira poder te chover
Queria tanto molhar teus olhos
Sertão amado, seco esturricado
Mas não de amor...
Mas não de furor que move meu coração
Meu amado sertão...

Letícia Pessôa

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