sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ampulheta



Vivo virando minha ampulheta
Viro constantemente, querendo parar o tempo
Quebrei os relógios
E os espelhos também...
Querendo mudar o rumo do destino
Querendo trocar o sentido da flecha...
Penso em parar o planeta
Ou criar uma máquina do tempo
Para que eu possa finalmente,
Perpetuar o dia do teu abraço em mim...
Permanecer no teu beijo
Ficar com teu cheiro eternamente aqui...
Mas o tempo não se pára
O que passou jamais retorna
A chuva que caiu ontem a tarde não será a mesma de hoje
Nada voltará como já se passou...
Nem mesmo eu virando minha ampulheta
E quebrando os meus relógios
Já o espelho quebrarei sem dó...
Não quero ver meu rosto cortado por uma lágrima caída
Pela saudade sua


Letícia Andrea Pessôa

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